Fonte: Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas (OBID)
Link: http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/web/noticia/ler_noticia.php?id_noticia=2333
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
FOTOS MINI CURSO "O PODER DO MITO", DIA 19/08/13, NA LIVRARIA EMPÓRIO CULTURAL
Fotos do Mini curso "O PODER DO MITO", do livro de Joseph Campbell, ministrado por Alexandre Caprio, dia 19/08/2013, no café da Livraria Empório Cultural, Rio Preto Shopping, São José do Rio Preto/SP.
Mini curso com Alexandre Caprio - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP |
Mini curso com Alexandre Caprio - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP |
Mini curso com Alexandre Caprio - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP |
domingo, 18 de agosto de 2013
REVISTA BEM ESTAR "FOCO, META, VONTADE E AÇÃO", ARTIGO "DO SONHO À REALIDADE", PUBLICAÇÃO EM 18/08/13
Participação de Alexandre Caprio no artigo "DO SONHO À REALIDADE", páginas 6 a 9, Revista Bem Estar, Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Gisele Bortoleto, publicada em 18/08/2013.
REVISTA BEM ESTAR "FOCO, META, VONTADE E AÇÃO", ARTIGO "ERRO DE CÁLCULO", PUBLICAÇÃO EM 18/08/13
Participação de Alexandre Caprio no artigo "ERRO DE CÁLCULO", páginas 10 a 12, Revista Bem Estar, Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Gisele Bortoleto, publicada em 18/08/2013.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
O DSM-V e a fabricação da loucura
Fonte: CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde)
Autores:
Fernando de Freitas
Paulo Amarante
Originalmente publicado em 25.03.2013
Autores:
Fernando de Freitas
Paulo Amarante
Originalmente publicado em 25.03.2013
Entre os dias 18 e 22 de
maio, durante o congresso anual da Associação de Psiquiatria Americana (APA),
foi oficialmente apresentada a nova edição do Manual de Diagnóstico e
Estatística dos Transtornos Mentais (DSM).
O DSM-V chega precedido por
uma forte rejeição nos meios psi. Por todos os cantos do mundo estão
aparecendo petições, chamadas ao boicote, declarações, artigos e livros
publicados, assinados principalmente por especialistas, denunciando o Manual
como uma obra "perigosa" para a saúde pública.
A questão de base é que o
DSM-V, mais do que nas versões anteriores, fabrica doenças mentais; o que faz
com que enormes contigentes populacionais passem a ser considerados
doentes e, como consequencia, a consumir medicamentos psiquiátricos.
É bem verdade que as versões
anteriores também vieram a público provocando controvérsias. Publicado pela
primeira vez em 1952, com uma lista de menos de 100 patologias (de inspiração
freudiana, assim como a edição de 1968), a cada nova edição um número maior de
categorias de doenças mentais aparece. A edição ainda em vigor, o DSM-IV,
apresenta 297 patologias mentais. Através da versão preliminar disponível na
Internet desde 2010, estima-se que o DSM-V tenha um número ainda maior de
categorias de diagnóstico.
Esse aumento crescente das
categorias de diagnóstico sugere haver uma tendência inexorável da psiquiatria
para transformar comportamentos e experiências do cotidiano em patologias
mentais, o que tem sido objeto de crítica a cada nova edição que aparece.
Nos Estados Unidos, onde o
movimento contra o DSM começou, um dos críticos mais contundentes é o próprio
Allen Frances, o psiquiatra que dirigiu a edição precedente. O prestigioso
Instituto Americano de Saúde Mental (National Institute of Mental Health, NIMH)
se negou a ver o nome da entidade associado ao DSM-V. Esse fato político é da
maior relevância, na medida em que o NIMH é o maior patrocinador da pesquisa em
saúde mental em escala mundial. "Os pacientes que sofrem de doenças
mentais valem mais do que isso", justificou seu diretor, Thomas Insel, em
um comunicado, explicando que o NIMH "reorientaria suas pesquisas fora das
categorias do DSM", devido ao fato da sua fragilidade no plano científico.
Na França, o combate vem se
dando há pelo menos cinco anos, pelo coletivo Stop DSM , conforme noticiado
pelo Le Monde em sua edição de 15 de maio último. Os profissionais que formam
esse coletivo se insurgem contra o que eles chamam de "pensamento
único" do Manual. Recomendamos a leitura do manifesto do movimento em
sua versão
em português.
Apesar da vultosa soma de
dinheiro empregado para a elaboração do DSM-V, cerca de 25 milhões de dólares,
o Manual parece deixar muito a desejar sobre o plano científico. Uma das
principais críticas é que a sua lógica está mais do que nunca profundamente
dominada pelos interesses da indústria dos psicofármacos. O conflito de
interesses intelectuais parece estar hoje escancarado, conforme foi denunciado,
por exemplo, por ninguém nada menos do que Allen Frances. 57 associações de
saúde mental propuseram um exame independente, o que foi ignorado
pelos formuladores do DSM-V.
Novas patologias têm sido
sugeridas, algumas bastante bizarras, como por exemplo, a "síndrome de
risco psicótico". A propósito, Allen Frances tornou pública a
seguinte observação, feita após uma conversa com um colega: "Esse médico
estava muito excitado com a idéia de integrar ao DSM-V uma nova entidade, a
‘síndrome de risco psicótico', visando a identificar precocemente transtornos
psicóticos. O objetivo era nobre, ajudar os jovens a evitar o fardo de uma
doença mental severa. Mas eu aprendi trabalhando nas três edições precedentes
que o inferno está cheio de boas intenções. Eu não poderia permanecer em
silêncio". Essa patologia parece ter sido retirada da versão final.
Mas há outras patologias que
parece que virão, como "transtornos cognitivos menores". O
coletivo francês Stop DSM, prevê que a perda da memória fisiológica com a idade
irá se tornar uma patologia em nome da prevenção da doença de Alzheimer.
Podemos bem imaginar numerosas pessoas com a prescrição de testes inúteis e
custosos, e com medicamentos cuja eficácia ainda não foi de fato validada e
cujos efeitos a longo prazo são desconhecidos.
Outro exemplo é a
patologização do luto, com a ampliação dos "transtornos de
depressão". Quer dizer, após duas semanas de luto, com a aparência
deprimida do enlutado será possível diagnosticar episódios depressivos maiores
e com isso a prescrição de antidepressivos.
Finalmente, mais um exemplo:
"transtorno de desregulação pertubadora do humor". O que
certamente levará a que banais cóleras infantis
sejam transformadas em uma patologia mental.
Para concluir, mais
uma outra citação de Allen Frances: "Quando nós
introduzimos no DSM-IV a síndrome de
Asperger, forma menos severa de autismo,
nós havíamos estimado que isso multiplicaria o
número de casos por três. De fato, eles foram multiplicados
por quarenta, principalmente porque esse diagnóstico permite
ter acesso a serviços particulares na escola e
fora dela. Por conseguinte, ele foi colocado em
crianças que não tinham todos os critérios".
No Brasil, o 18 de maio é um
dia que representa para nós o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, expressão
nacional de luta contra todas as formas de violência, exclusão, mercantilização
e medicalização do sofrimento e da vida cotidiana. Nós nos solidarizamos às
dezenas de entidades que estão se manifestando neste momento frente à sede do
Congresso da APA, em San Francisco, Los Angeles, USA. São usuários dos serviços
psiquiátricos que se consideram “Sobreviventes do Sistema Psiquiátrico”, são os
profissionais de saúde mental e de pesquisa, reunidos contra o DSM-V e sob a
palavra de ordem Occupy APA in San Francisco. Queremos aproveitar a ocasião
para lançar aqui no Brasil o nosso movimento BASTA DSM.
*Professores e pesquisadores do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde mental e Atenção Psicossocial (LAPS;ENSP;Fiocruz) e Diretores Nacionais da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme). Paulo Amarante é ainda Diretor do Cebes e da Revista Saúde em Debate.
Matéria em sua fonte original (CEBES):
http://cebes.org.br/verBlog.asp?idConteudo=4462&idSubCategoria=56
*Professores e pesquisadores do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde mental e Atenção Psicossocial (LAPS;ENSP;Fiocruz) e Diretores Nacionais da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme). Paulo Amarante é ainda Diretor do Cebes e da Revista Saúde em Debate.
Matéria em sua fonte original (CEBES):
http://cebes.org.br/verBlog.asp?idConteudo=4462&idSubCategoria=56
terça-feira, 13 de agosto de 2013
MINICURSO "O PODER DO MITO", com ALEXANDRE CAPRIO
Imperdível pra quem gosta de mitologia, filosofia e comportamento!!! Minicurso sobre o livro "O Poder do Mito", de Joseph Campbell, com o psicólogo cognitivo-comportamental Alexandre Caprio. Esse livro é fantástico!!! "Quando você está no caminho da sua bem-aventurança o Universo conspira a seu favor". Inscrições gratuitas! Na próxima segunda, 19/08.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
DICAS SIMPLES PARA PREVENIR A HIPERTENSÃO ARTERIAL
A hipertensão arterial é uma
das doenças mais perigosas da nossa atualidade. Silenciosa, muitas vezes sem
qualquer sintoma, gera efeitos repentinos e fatais. Muitos infartos, isquemias
e derrames, fatais ou não, podem ser derivados da hipertensão arterial.
A hipertensão arterial ou
pressão alta é uma elevação persistente dos níveis da pressão arterial a
valores iguais ou maiores do que 140mmHg por 90mmHg (14 por 9), determinados em
mais de duas medições, com aparelho calibrado e por um profissional treinado.
A hipertensão pode não
apresentar sintomas, o que é muito comum. Nesse caso, a pessoa permanece meses
e até anos sofrendo os danos causados sem sentir nada. As complicações da
hipertensão aferam olhos, vasos do cérebro, coração e rins.
FATORES QUE PREDISPÕEM A
HIPERTENSÃO:
- Idade – a pressão arterial aumenta à medida que envelhecemos;
- Estresse - a forma como encaramos os nossos problemas é um fator determinante. Pessoas intolerantes ou com fácil oscilação de humor estão mais suscetíveis a elevação da pressão arterial;
- Obesidade;
- Uso de cigarros e derivados do tabaco;
- Uso descontrolado de bebida alcoólica;
- Ingestão descontrolada de sal;
- Hereditariedade – filhos e parentes de hipertensos têm mais chances de se tornar hipertensos;
- Sedentarismo – a falta de atividade física contribui para o aumento da pressão arterial.
- Atividade física - consultando sempre um profissional para a devida avaliação;
- Raça Negra – as pessoas da raça negra são as que apresentam as formas mais graves de hipertensão;
- Ingestão de alimentos ricos em gordura – dê preferência à carne branca e verduras. Evite embutidos, enlatados, frituras e molhos;
- Diabetes - portadores de diabetes têm duas vezes mais chances de desenvolver hipertensão;
- Estresse – situações que levam aos estados de ansiedade também podem elevar a pressão arterial.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
NÃO ESTÁ LÁ
A alegria não está naquela cápsula de Fluoxetina.
A paz não está naquele comprimido de Rivotril.
O reconhecimento não está naquele automóvel sedan.
A autoaceitação não vem em caixas de roupas caras.
O respeito não está na conta prime do seu banco.
Por mais que a indústria tente convencer você do contrário, existem coisas que não estão à venda. A felicidade é uma delas. Ela não pode ser encontrada em produtos, não pode ser adquirida com prestação de serviços. Ela não está lá, ela está aqui, dentro de cada um de nós. Só espera nossa atenção, cultivo e dedicação.
Quando você aprender que não é possível ser feliz sem o devido merecimento, quando compreender que não é possível colher frutos que dependem exclusivamente de nosso desenvolvimento interior, parará de tentar se apropriar da felicidade como um produto qualquer. Aprenderá a respeitá-la, a vê-la como algo muito mais sutil e, só assim, ela finalmente chegará de mansinho e se apresentará a você.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
FOI DEUS QUE QUIS
Infartos, derrames, isquemias, falhas renais e até infecções são, na maioria das vezes, resultado de nosso comportamento. Nosso comportamento é fruto de nossos pensamentos e emoções. Portanto, nossa forma de pensar pode destruir nosso bem mais precioso: nosso corpo. O que acontece com uma ferramenta que você usa mal? Oras, ela quebra ou dá defeito! O que acontece se você não cuida dessa ferramenta ou a abandona? Ela enferruja! O mesmo acontece conosco. Pessoas ociosas enferrujam, pessoas que aceleram o coração toda hora, sem necessidade, estouram o motor, as correias ou as mangueiras de sua máquina cedo ou tarde. Somos uma nave espacial em uma aventura pelo cosmos. Você não sobrevive lá fora sem a sua nave. Precisa dela, depende dela. Sabendo disso, você se preocuparia apenas coma lataria dessa nave, dando uma lavadinha ou fazendo um polimento só porque é a parte que todo mundo vê?
Seu corpo não é um celular. Você não pode desprezá-lo e nem descartá-lo. E ainda é muito difícil achar peças de reposição. Não se compram em qualquer loja e, além do mais, não ficam perfeitas. São muitas as pessoas que morrem por negligência para, depois, alguém dizer “foi Deus que quis assim”. Deus? Não culpe Deus por ter te dado uma Ferrari que você, com seu livre arbítrio, transformou em um Fusca. Lembre-se que, quanto mais você cantar pneus em seus “cavalos de pau” por aí, menor será a quilometragem percorrida na sua estrada da vida. A responsabilidade (e a vontade) não é de Deus. Ela é sua, somente sua. Pense nisso!
terça-feira, 6 de agosto de 2013
ENTENDENDO A DEPRESSÃO
As vítimas do transtorno
de depressão estão aumentando. É o que diz a Organização Mundial de Saúde, que
também faz um importante alerta: dentro de 20 anos, a depressão matará mais do
que o coração.
Mas como pode um mal que não é causado por um vírus ou bactéria
ser tão real e causar tamanho estrago? Não seria “frescura”, falta de trabalho,
ou sinal de fraqueza?
Embora muitas pessoas desejem que a resposta a essa pergunta seja simples como as hipóteses apresentadas, a resposta é não. Uma das causas que fazem da depressão uma
ameaça crescente é o desdém e a desinformação. A depressão é
um desequilíbrio da química cerebral. Há uma queda da neurotransmissão, ou
seja, do nível de substâncias responsáveis pela comunicação entre um neurônio e
outro. As substâncias que mais sofrem essa redução são a serotonina, dopamina e
noradrenalina. As duas primeiras são grandes responsáveis pela geração de
prazer e bem estar.
As causas podem ser:
- Genéticas: pessoas com parentes próximos que sejam vítimas da depressão podem ter até três vezes mais chances de desenvolver o transtorno;
- Stress: uma dos grandes gatilhos da primeira crise depressiva. O stress é causado pela falta de habilidade em lidar com uma situação de difícil aceitação, que pode estar relacionada ao ambiente de trabalho, afetivo ou social;
- Drogas: o abuso de álcool, medicamentos e drogas ilícitas interferem na comunicação dos neurônios e podem gerar desequilíbrio da neurotransmissão;
- Doenças: derrames, tumores, hipotireoidismo e outros transtornos como a ansiedade podem desencadear um episódio depressivo;
IMPORTANTE: É muito comum que um indivíduo com Transtorno de
Ansiedade desenvolva também o Transtorno de Depressão por conta do stress
sentido em diferentes tipos de situação.
NÍVEIS DE DEPRESSÃO:
LEVE: Abatimento + perda de interesse + 2 ou 3 sintomas
abaixo relacionados. O indivíduo pensa que só está cansado, cancela alguns
compromissos sociais e é capaz de desempenhar a maior parte de suas atividades
cotidianas.
MODERADA: Abatimento + perda de interesse + 4 sintomas
abaixo relacionados. O indivíduo tem dificuldade em manter sua rotina, em se
concentrar, lembrar de nomes, tomar decisões simples e passa a cometer deslizes
no trabalho, o que acelera a queda da confiança e autoestima;
GRAVE: Abatimento + perda de interesse + 5 ou mais sintomas
abaixo relacionados. O indivíduo não consegue desempenhar atividades simples,
torna-se relapso em relação a sua higiene pessoal e passa a faltar do trabalho.
A sensação de vazio e ausência de prazer leva à ideação suicída.
SINTOMAS (a serem acrescidos nos níveis acima)
Na depressão, os sinais listados a seguir ocorrem ao longo
de, no mínimo, duas semanas:
- Perda ou ganho de peso;
- Aumento ou diminuição do sono;
- Alteração da libido sexual;
- Falta de paciência, irritação;
- Desesperança, pessimismo;
- Choro fácil;
- Agitação ou lentidão dos movimentos;
- Fadiga ou perda de energia;
- Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva;
- Redução da capacidade de raciocínio, concentração e tomadas de decisão;
- Pensamentos recorrentes de morte e tentativas de suicídio.
A predominância da depressão, de
acordo com o gênero sexual é de um homem para cada duas mulheres. Depois dos 50
anos, a incidência é quatro vezes maior no sexo feminino.
O uso de antidepressivos, como
única alternativa de tratamento não é eficaz. Torna-se importante tratar o
transtorno com o apoio da psicoterapia. O princípio ativo do medicamento
aumentará artificialmente a neurotransmissão, mas não eliminará o estímulo
causador. Se for, por exemplo, um fator estressor e desencadeador da depressão permanecer
presente na vida do indivíduo, o estímulo permanece inalterado e recorrência do
transtorno também.
Na terapia, o paciente aprende a
reorganizar seus pensamentos, emoções e comportamentos, criando novas
habilidades para lidar com as situações ao seu redor. Se a ameaça do meio em
que vive diminuí, os pontos de stress e a ansiedade também caem, induzindo ao
relaxamento e aumento da sensação de prazer. Dessa forma, a retomada da vida profissional, afetiva e social pode acontecer com mais eficácia, diminuindo o risco de uma reincidência.
Fonte:
Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (DSM-IV-TR);
Classificação Internacional de
Doenças (CID-10);
Ricardo Moreno (psiquiatra).
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
#partiuserfeliz#
As pessoas se perguntam sobre o motivo de alguns relacionamentos tidos como perfeitos terminarem. Dizem coisas do tipo “eles tinham sido feitos um para o outro”, ou ainda, “mas eram tão felizes”.
Não são todos os casos, mas é cada vez maior o número de pessoas publicando a felicidade ao invés de vivê-la.
Eu vejo isso naquela menina que vai a uma festa e bate 30 fotos para colocar no face. É tanto flash que deve dar para fazer clareamento. Depois senta em um canto e fica esperando as curtidas e as clássicas frases “lindaaaaaa” e “maravilhosaaaaa”. Na minha opinião, essa menina e um mendigo com um chapéu no chão são a mesma coisa, ambos necessitados. Na festa mesmo ela não foi e nem viu direito quem estava lá. Mas a foto ficou bonita, ela estava sorrindo, e isso é tudo o que importa.
Eu vejo isso naquele casal que se casa e não vai ao casamento. Passa a festa inteirinha fazendo o que os fotógrafos mandam. Batem mais de 1000 fotos de todas as formas possíveis até dar câimbra nos músculos da face, para fazer um álbum que vai ser folheado 15 vezes nos próximos 30 anos, e ficará muito bem guardado na parte debaixo da estante da sala. O registro exaustivo do momento simplesmente destrói o momento, mas parece ser mais importante que tudo. Esse mesmo efeito também acontece com o sujeito que viaja e passa dia e noite filmando e fotografando tudo o que tem pela frente, para que, em casa, possa ver por onde andou. Poderia ter economizado tanto esforço ligando a TV.
E, chegando ao ponto que realmente interessa, existem pessoas exibindo namorados como troféus no facebook. A maioria das pessoas que fazem isso são mulheres (ah, essa eterna guerrinha das mulheres). Claro que tem gente se curtindo de verdade e registrando isso na rede. Não são essas as pessoas ao qual me refiro. As pessoas que realmente se curtem, postam uma variedade muito maior de coisas do que aquela que tem como verdadeira intenção, uma medição de forças e auto-afirmação perante as “amigas”. Literalmente publicam o namorado e, penso eu, isso é um verdadeiro tiro no pé. Transformam o cara no superman e, claro, intensificam a concorrência. Depois, se acontece alguma coisa, bradam frases sobre inveja, traição e falsidade: “mas justo com a minha melhor amiga?” Pois é... Acontece que as pessoas mais próximas a você são os maiores alvos do seu marketing. Colher o que se planta não é traição, é reação. Aprenda a manter sua vida particular na esfera particular. Não use a pessoa que está ao seu lado como troféu, não use suas amigas como degraus e, com certeza, as chances de usarem seu namorado serão menores.
Pense nisso!
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
PODER E BELEZA
A beleza é um poder difícil de ser administrado. Eu já vi meninas lindas que não precisaram lutar por quase nada, porque a beleza abria portas e mais portas para elas. Só precisavam aprender um vocabulário básico, não muito limitado, ter alguns pensamentos e ideias comumente usados em elevadores e barzinhos e pronto: podiam concentrar toda a energia restante em academia, roupas, maquiagem, caras, bocas e poses. Mas o tempo passa e a beleza escorre devagarinho pelas mãos, como areia fina. E viver uma vida em função de um poder que será inevitavelmente perdido pode ser uma coisa muito perigosa. Quem se apega demais à beleza normalmente discrimina e repudia em silêncio a velhice. Só não diz isso abertamente porque é feio, é politicamente incorreto. Mas morre de medo de perder seu único poder. O que será da pessoa que pensa assim, que desperdiça dia a dia a chance de desenvolver qualidades resistentes ao tempo? Simples, meus amigos. Essas pessoas terminam se detestando, detestando o tempo em que vivem e se refugiando em memórias. Passam por um dos processos mais dolorosos que eu conheço na alma humana: a perda irremediável da autoaceitação. Tornam-se sombras do que foram e concentram o resto de suas energias no encalço de ouvidos que escutem suas glórias passadas, mendigando atenção. Quando cai a noite, já em suas camas, não conseguem dormir. São obrigadas a ouvirem uma voz aguda gritando dentro da mente que a vida terminou antes da hora e a amarga sensação de que tudo poderia ter sido diferente.
Alexandre Caprio
Agosto de 2013
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