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quarta-feira, 23 de maio de 2012

SAIBA COMO SE LIVRAR DA CLAUSTROFOBIA

Fonte: participação de Alexandre Caprio em matéria publicada pelo Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Francine Moreno, em 23/05/2012 http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Comportamento/94944,,Saiba+como+se+livrar+da+claustrofobia.aspx

Comportamento
› Me tirem daqui!
São José do Rio Preto, 23 de Maio, 2012 - 10:36
Saiba como se livrar da claustrofobia

Francine Moreno



Lézio Jr.
Ansiedade caracterizada pelo medo irracional de ficar preso em locais fechados pode ser tratada
Quem assistiu a “Enterrado Vivo”, suspense estrelado por Ryan Reynolds, viu (e provavelmente sentiu) o que é uma experiência claustrofóbica. Já no começo do filme, o desconforto é imediato.

O problema é que a claustrofobia não é narrada apenas na ficção. Muitas pessoas sentem pânico e medo de ficar em lugares fechados ou de difícil acesso, presas em elevadores, máquinas de ressonância magnética ou avião.

Em alguns casos, as vítimas chegam a travar e não conseguem andar ou falar. Geralmente, as vítimas têm fobia antecipada, projetam o medo de uma situação que ainda não ocorreu. “Como se trata de um transtorno de ansiedade, o indivíduo tem maior propensão a imaginar os problemas que a situação pode gerar.

A vítima chega a cancelar exames de saúde por não conseguir permanecer 20 minutos dentro de aparelhos que realizam diagnóstico por imagem”, afirma Alexandre Caprio, psicólogo cognitivo comportamental. Os principais sintomas da claustrofobia são falta de ar, sudorese, taquicardia, elevação da pressão arterial, tontura e até desmaio. “A maioria dos transtornos fóbicos, exceto a fobia social, é observada mais em mulheres do que em homens e podem surgir durante a infância ou início da idade adulta”, afirma a psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Madureira.

A claustrofobia pode estar associada a uma experiência traumática. “Crianças que foram trancadas em porta-malas por amigos ou que ficaram presas em algum lugar fechado quando brincavam de esconde-esconde podem desenvolver esse tipo de fobia”, afirma Caprio. No entanto, a claustrofobia pode ter inúmeras causas. “Estudos já determinaram um percentual genético, mas em muitos casos o medo foi simplesmente aprendido pela criança que observou o comportamento dos pais ou irmãos.”

A maioria das pessoas tem medo de algo, porém, em níveis diferentes. “Um nível de desconforto em determinadas situações é uma reação normal, no entanto, o diagnóstico de fobia só é feito se o sofrimento for realmente significativo e causar prejuízos ao funcionamento normal de alguém”, afirma Mara Lúcia.  O diagnóstico, segundo ela, é feito quando alguns critérios são preenchidos. Um deles é se os sintomas são manifestações primárias de ansiedade e não decorrentes de outros sintomas, como delírio ou pensamento obsessivo.

Outro ponto é quando a ansiedade é restrita à situação fóbica determinada. E também quando a ansiedade é evitada sempre ou enfrentada com pavor e medo. Os transtornos de ansiedade são tratáveis e os resultados podem ser efetivos por meio de técnicas de controle. “O tratamento pode ser por meio de psicoterapia cognitivo-comportamental, que inclui ou encoraja a exposição gradual às situações fóbicas”, afirma Mara Lúcia. De acordo com Alexandre Caprio, o tratamento psicológico pode se acompanhado pelo uso de alguns medicamentos (como ansiolíticos e antidepressivos) e técnicas de relaxamento.

Ioga e acupuntura também estão sendo utilizadas com apresentação de bons resultados.
Caprio alerta que o uso de medicação, feito de forma isolada, apenas altera a condição química do paciente. “Além de não oferecer um alívio permanente, há o risco da dependência. Superar o medo por meio de seu entendimento é um aspecto fundamental para se ver livre desse tipo de transtorno”, afirma o psicólogo.


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